quarta-feira, fevereiro 18, 2009

ESRI anuncia o lançamento duma versão especial do ArcGIS para resposta a emergências


Com o objectivo de suprimir a necessidade das organizações de segurança pública e gestão de emergências, a ESRI anunciou o lançamento do ArcGIS for Situational Awareness.
Esta é uma solução que inclui um conjunto de hardware, software e dados geográficos que constitui uma ferramenta completa de inteligência geográfica e tomada de decisão, com acesso em tempo real a informações precisas sobre operações e eventos.
Com este software as organizações podem integrar bases de dados complexas e de fontes
diversas, incluindo feeds GeoRSS, informações de câmaras de tráfego e dados meteorológicos, integrando-os com a cartografia existente.
O ArcGIS for Situational Awareness inclui as seguintes ferramentas:
  • Data Fusion & Analysis Appliance, pré-configurado no ArcGIS;
  • Data Appliance, com terabytes de dados geográficos globais, como imagens de satélites e mapas digitais;
  • Common Operational Picture (COP) Viewer, um sistem de busca de mapas 2D;
  • 3D Desktop, um cliente para visualizar, analisar e compartilhar informação geográfica;
  • Data Management & Authoring, para gestão de dados segundo os padrões OGC, incluindo WMS, WFS ou KML.


Por enquanto apenas está disponível nos Estados Unidos, não obstante, constitui um programa bastante útil e importante para que futuramente seja mais fácil agir em situações reais de emergência e de perigo.


Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

Bibliografia online gratuita sobre SIG’s e Geografia na ESRI


No site da ESRI, destinada à aprendizagem de todo o software ESRI, estão alojados mais de 75 mil trabalhos relacionados com a temática, incluindo livros e publicações académicas. Com este acervo, a ESRI – educação, torna-se num dos maiores centros de reposição de informações sobre a tecnologia GIS.
A colecção tem referências de mais de mil fontes, especialmente jornais, revistas
e livros. Além disso, a bibliografia também contém arquivos de artigos, teses, materiais de conferências, entre outros, todos eles em formato pdf.
Um bom site para todos aqueles que estão a iniciar-se nos SIG’s – aqui! (em inglês)

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

Autodesk anuncia novas versões de softwares para desenho e modelagem em projectos de infra-estrutura

No início deste mês a Autodesk anunciou novos produtos para desenho e modelagem em projectos de infra-estrutura.
Foram apresentadas as novas versões dos programas AutoCAD Map 3D, AutoCAD Raster Design, Autodesk MapGuide Enterprise e Autodesk Topobase, que fornece aos utilizadores ferramentas para desenho, visualização, simulação, análise de projectos.
Segundo a Autodesk, com o uso das ferramentas de modelagem é possível agregar múltiplas fontes de dados, de CAD, GIS e 3D, tanto para melhorar projectos como para manipular de forma mais eficiente obras já construídas.
O AutoCAD Map 3D cria e manipula dados geoespaciais. Com a tecnologia de código aberto Feature Data Object (FDO) para acesso a dados, fornece acesso directo aos principais formatos de dados usados em CAD e geoprocessamento. A versão 2010 traz mais opções para importação de dados de campo, capacidades adicionais de análise espacial e uma nova interface com o utilizador.
O AutoCAD Raster Design estende as funcionalidades dos produtos baseados no AutoCAD para que os utilizadores possam usar desenhos em papel, mapas, imagens de satélite e fotos aéreas sem necessariamente possuir o projecto em arquivo digital. A ferramenta permite transformar imagens raster em dados vectoriais, que podem então ser incorporados em outros projectos e modelos. Essa versão inclui a compatibilidade com outros produtos como AutoCAD P&ID, AutoCAD Civil e Autodesk Topobase.
O Autodesk MapGuide Enterprise serve para publicação de dados CAD e GIS através da Internet. A nova versão oferece re-projecção raster e compatibilidade com Microsoft SQL Server 2008 e GE Energy Smallworld. Além disso, o ambiente de criação Autodesk MapGuide Studio 2010 será oferecido gratuitamente para os utilizadors do Autodesk MapGuide Enterprise.
O Autodesk Topobase é um software para manipulação de modelos de infra-estrutura, que fornece uma ferramenta de trabalho em rede para manutenção, planeamento, criação de relatórios e integração durante a execução de empreendimentos. Baseado nos sofwares AutoCAD Map 3D e Autodesk MapGuide, o Topobase é uma solução aberta com o objectivo de aumentar a produtividade e optimizar recursos em grandes projectos.

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Chegamos às 10000 visitas. Obrigado a todos

Atingimos as 10000 visitas. Visitas essas de vários pontos do globo, sendo que a maioria, como seria de esperar, vêm de Portugal e do Brasil.

  • Portugal – 51,3%
  • Brasil – 41,9%
  • África – 2,0%
  • Europa – 1,1%
  • Estados Unidos da América – 0,9%
  • Indefinidos – 2,2%
  • Outros Países – 0,7%

Por isso mesmo, agradecemos a todos os que visitaram este blog, àqueles que aqui fizeram os seus comentários, prometendo que iremos dispor mais do nosso pouco tempo, para postar mais pensamentos, esperando que ele possa contribuir para o enriquecimento geral de quem, eventualmente, o venha a ler.
Bem hajam a todos.

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Museu da Água - Será museu ou não?


Talvez este post, à primeira vista, pode não ter nada a haver como que aqui se pretende “discutir”, não obstante resolvi escreve-lo…
Foi anunciado esta semana que o Museu da Água de Coimbra, em funcionamento há dois anos, foi o único espaço museológico português nomeado pelo European Museum Forum (EMF) para o Prémio de Melhor Museu Europeu do Ano.
Este prémio anual do EMF, organização não governamental inglesa, que é atribuído desde 1977 para distinguir os museus que mais se salientam na sua criatividade e relacionamento com o público, será anunciado em Maio, na Turquia. Este galardão tem por objectivo premiar novos museus, com dois ou três anos de actividade, ou museus antigos que se apresentam totalmente renovados e que se tenham salientado pela capacidade inovadora de se relacionarem com a comunidade envolvente, de preservarem as memórias e de promoverem uma missão educacional junto dos mais novos.
Em 2008, o prémio do EMF foi atribuído ao Kumu Art Museum, na Estónia, que entrou na galeria de museus europeus contemplados com aquela distinção, onde se destacam o Museu Olímpico de Lausanne ou o Guggennheim de Bilbao.
Ora esta distinção fez-me sentir orgulho na minha cidade e no meu país. Porque se provou que mais uma vez que Portugal também sabe fazer coisas boas. Não obstante, este anúncio também suscitou algumas criticas, nomeadamente porque algumas pessoas considerarem que o Museu da água não é um museu.
Ora então vejamos, no Artigo 2.º, do Capítulo I da Lei-quadro dos Museus Portugueses (Lei nº 47/2004, de 19 de Agosto), a política museológica deve obedecer a alguns princípios, nomeadamente:
“b) Princípio da promoção da cidadania responsável, através da valorização da pessoa, para a qual os museus constituem instrumentos indispensáveis no domínio da fruição e criação cultural, estimulando o empenhamento de todos os cidadãos na sua salvaguarda, enriquecimento e divulgação;
c) Princípio de serviço público, através da afirmação dos museus como instituições abertas à sociedade;
d) Princípio da coordenação, através de medidas concertadas no âmbito da criação e qualificação de museus, de forma articulada com outras políticas culturais e com as políticas da educação, da ciência, do ordenamento do território, do ambiente e do turismo;
e) Princípio da transversalidade, através da utilização integrada de recursos nacionais, regionais e locais, de forma a corresponder e abranger a diversidade administrativa, geográfica e temática da realidade museológica portuguesa;
g) Princípio da supervisão, através da identificação e estímulo de processos que configurem boas práticas museológicas, de acções promotoras da qualificação e bom funcionamento dos museus e de medidas impeditivas da destruição, perda ou deterioração dos bens culturais neles incorporados;
h) Princípio de descentralização, através da valorização dos museus municipais e do respectivo papel no acesso à cultura, aumentando e diversificando a frequência e a participação dos públicos e promovendo a correcção de assimetrias neste domínio;”

No artigo 3.º, do mesmo capitulo Museu é definido como uma “instituição de carácter permanente, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos, dotada de uma estrutura organizacional”. Esta instituição permite “garantir um destino unitário a um conjunto de bens culturais e valorizá-los através da investigação, incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos e Facultar acesso regular ao público e fomentar a democratização da cultura, a promoção da pessoa e o desenvolvimento da sociedade.”
São ainda considerados museus todas as instituições, que “apresentem as características e cumpram as funções museológicas previstas na presente lei para o museu, ainda que o respectivo acervo integre espécies vivas, tanto botânicas como zoológicas, testemunhos resultantes da materialização de ideias, representações de realidades existentes ou virtuais, assim como bens de património cultural imóvel, ambiental e paisagístico.”

No artigo 42.º, da mesma lei, um museu “desenvolve de forma sistemática programas de mediação cultural e actividades educativas que contribuam para o acesso ao património cultural e às manifestações culturais”, “promove a função educativa no respeito pela diversidade cultural tendo em vista a educação permanente, a participação da comunidade, o aumento e a diversificação dos públicos.”

O museu da água, tendo em conta todas as suas características, dedica-se ao Universo da água, um recurso, que não sendo nem arqueológico nem histórico, é talvez o nosso maior e melhor recurso que temos, promovendo por isso o Princípio da promoção da cidadania responsável e o Princípio de serviço público.
Por outro lado, sendo ele um espaço que guarda memórias, peças provenientes do serviço do abastecimento de água, desde ferramentas, canalizações, contadores, aparelhos, instrumentos vários, logo promove o principio da supervisão, pois permite que não se deteriorem os bens culturais neles incorporados.
Além disso, segundo o conceito de museu, também este museu garante um destino unitário a um conjunto de bens culturais e valoriza-os através da investigação, incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos, através da realização de exposições, instalações artísticas, conferências, workshops e momentos musicais.
Por último, o museu da água contempla um acervo integre de bens de património cultural movél (a antiga estação elevatória, parque Manuel Braga), imóvel (passeios no rio a bordo de uma antiga e pitoresca barca serrana) ambiental (ensina a valorizar as questões ambientais e, em especial, o recurso água e paisagístico (toda a sua envolvência encerra no rio Mondego).
Posto tudo isto, será que ainda existam dúvidas de que o Museu da água é efectivamente um Museu? Será que existe gente tão céptica ao ponto de achar que este belo espaço não será também um museu?

Para quem dúvida faço um convite para visitar este espaço: Fica no parque Dr. Manuel Braga, em Coimbra e está aberto das 10h00 às 13h00 e das 14h00 até às 18h00, encerrando à Segunda-feira

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

V Encontro Nacional de Riscos


Desde a sua fundação, A RISCOS -Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança tem vindo a elaborar anualmente o Encontro Nacional de Riscos. Este ano, o 5º Encontro decorrerá nos dias 29 e 30 de Maio no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, dirigindo-se mais uma vez aos profissionais envolvidos nesta área, incluindo universitários (professores e alunos), técnicos dos serviços de protecção civil (nacional, distritais e municipais), agentes da protecção civil, autarcas, responsáveis e técnicos de diversos serviços públicos e de empresas privadas, jornalistas e outros agentes de informação. O tema central deste encontro versará sobre “Riscos, Sociedade(s) e Segurança” integrando 3 painéis, a saber:
  • 1.º Painel – Riscos e Catástrofes Naturais: Sismos, vulcões, maremotos, furacões, tempestades, deslizamentos, inundações, secas, pragas, …;
  • 2.º Painel – Riscos e Catástrofes Antrópicas, com origem tecnológica, social ou biofísica;
  • 3.º Painel – Riscos e Catástrofes Mistas: Erosão, desertificação, incêndios florestais, mudanças climáticas.
Para além disto, haverá um debate de natureza mais operacional, com o discurso da Autoridade Nacional de Protecção Civil, e duas mesas redondas com as temáticas “Protecção Civil, Prevenção e Socorro” e “Organização do socorro na transição de milénios” Neste momento, e até ao dia 28 de Fevereiro, poderão ser submetidas apresentações de comunicações no painel dedicado aos Riscos e Catástrofes, respectivamente, naturais, antrópicos e mistos. Assim, podem ser submetidos à comissão científica trabalhos desenvolvidos no âmbito de Projectos de Investigação, Instituições e cursos de doutoramento/mestrado, através do mail riscos@nicif.pt

As inscrições para assistir a este encontro decorrem até ao dia 18 de Abril.

Mais informações do congresso e forma de inscrição: Carregue Aqui

Saudações Geográficas

Liliana Azevedo

Nova versão do google Earth (versão 5.0)


Depois do Google Earth (terra) e o Google Sky (céu) chegou agora o Google Ocean. Esta nova versão do Google (versão 5.0) traz à comunidade uma série de informações sobre o fundo dos oceanos. Os dados são obtidos pelo sistema de medidas batimétricas, que usa a técnica sonar – investigação do fundo do mar por propagação do som. Ela propõe um mergulho nas profundezas oceânicas, para que se aprenda mais sobre as vidas que lá habitam. Por exemplo, usando o recurso Animal Tracking o usuário poderá acompanhar os movimentos do animal, que são rastreados por localizadores GPS anexos aos animais por pesquisadores. As informações são apresentadas em forma de texto, fotos e vídeo por parcerias do Google com 80 empresas, além de incluir filmagens inéditas de expedições do pesquisador francês Jacques Costeau, segundo o IDG Now. Além disso, são assinalados pontos em que ocorreram acidentes e naufrágios históricos e pontos de interesse - como surf e mergulho. O novo Google Earth possui, na barra de ferramentas, o denominado “timeline” que permite recuar no tempo e acompanhar todas as alterações climáticas ocorridas no planeta até aos dias de hoje. Com ele é possível observar os contínuos degelos dos glaciares árcticos, as áreas agora encharcadas pelos mares e por outros lado a erosão que a costa tem vindo a sofrer, bem como a desflorestação intensiva que está paulatinamente a destruir o pulmão do mundo, tudo suportado por informações de várias agências mundiais como a National Geographic, BBC Earth, Cousteau Ocean World, entre outras. Poderá ainda ter acesso a imagens 3D de Marte com alta resolução e legendas dos principais descobrimentos realizados no planeta vermelho.

Poderá ver estas e outras funcionalidades através deste vídeo


Poderá ainda descarregar a versão em português e ver com os seus próprios olhos! Aqui

Saudações Geográficas

Liliana Azevedo

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

EUE 09 – 7º Encontro de Utilizadores ESRI Portugal 2009


O EUE realiza-se anualmente e é um encontro de partilha de conhecimentos no âmbito dos Sistemas de Informação Geográfica e onde se dá a conhecer os mais avançados projectos nos diversos mercados a nível nacional. Desde apresentações de projectos de sucesso, intervenções de personalidades-chave do sector, novidades de software, este encontro reúne o que de melhor se faz em SIG durante o ano. Este evento inclui todas as pessoas que estejam interessadas em saber um pouco mais sobre o impacto dos SIG no dia-a-dia – utilizadores SIG, programadores, técnicos, analistas, gestores de projectos, consultores, directores, decisores. Fazem parte da assistência, igualmente, parceiros, clientes, estudantes, jornalistas. Os inscritos representam os mais variados sectores de actividade como Administração Central, Administração Local, Utilities, Transportes e Logística, Distribuição, Telecomunicações, Banca e Seguros. A Conferência decorrerá durante os dias 11 e 12 de Março 2009 no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), sob o tema "Novos Mapas. Um Rumo", em que existirão mais de 60 apresentações, uma sessão plenária, 7 sessões paralelas e uma área de exposição onde patrocinadores e expositores poderão expor e divulgar os seus serviços, produtos e projectos. Mais informações aqui:
Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

Colecção digital Kits – Património

Encontra-se disponível, nas páginas electrónicas do IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e do IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, de três guias de inventário de nível básico (cuja concepção esteve de acordo com as metodologias e com os conhecimentos técnicos de registo e identificação do património mais actuais).
Os três volumes que compreendem esta colecção digital Kits - Património integram-se numa medida do Programa Simplex 2008, no domínio da cidadania, e resulta de um trabalho conjunto entre o IHRU e o IGESPAR, I.P.. Um dos objectivos fundamentais desta acção consiste no fornecimento de ferramentas concebidas para o inventário do património, metodologicamente actualizadas e rigorosas, direccionadas para outras entidades, e para o cidadão em geral, pretendendo que os cidadãos e as comunidades locais se sintam empenhados numa salvaguarda conjunta da nossa herança patrimonial e numa clara articulação com as entidades responsáveis neste domínio.
Os kits disponíveis são:
  1. Kit 01 - Património Arquitectónico - Geral tem um perfil mais abrangente, remetendo para o universo desta acção e para o património arquitectónico em geral;
  2. Kit 02 - Património Arquitectónico. Habitação Multifamiliar do século XX;
  3. Kit 03 - Património Industrial - centram-se nas respectivas categorias patrimoniais, caracterizando e fornecendo informação relacionada com o âmbito patrimonial correspondente, como conceitos, cronologias, glossários ou bibliografia, para além dos elementos de registo de inventário que elucidam quanto ao modo de preenchimento das respectivas fichas.
Pode descarregar os respectivos kits nos seguintes endereços:

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

Projecto iNovmap Coimbra

No VI Colóquio de Geografia de Coimbra, que teve lugar nos dias 12 e 13 de Dezembro, foi apresentado um projecto concebido pelo Instituto de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra, denominado de iNovmap Coimbra. Este novo projecto produz cartografia interactiva recorrendo a uma inovadora interface ArcGIS-Google Maps, utilizando os Serviços KML para concepção e partilha de “mashups” em ambiente web2.0.



“Os serviços KML 2.0, suportados pelo ArcGIS Server 9.2 e os Serviços KML 2.1 suportados pelo ArcGIS Server 9.3, permitem construir plataformas cartográficas potentes, versáteis, de acesso praticamente livre e sem restrições, articulando documentos provenientes de um SIG e um suporte de base disponibilizado, por exemplo, pelo Google Maps. O resultado, é a disponibilização de mashups intuitivos, interactivos e dinâmicos, que vem dar resposta à crescente solicitação de soluções SIG em ambiente Web, disponibilizando ferramentas inter-operáveis, em permanente re(construção) fazendo lembrar o conceito de “Beta perpétuos”, mas que permitem, por um lado, uma significativa redução de custos e uma permanente actualização dos dados e, por outro, a afinação e desenvolvimento de processos e técnicas, bem como a refinação dos próprios serviços/software disponibilizados e utilizados por todos (Consumer-Generated Media - CGM). Estes factos têm fundamento numa crítica colectiva que resulta do princípio de que muitas pessoas podem ver melhor e mais depressa, mais imperfeições de um serviço/software que também mais rapidamente são redefinidas. Este princípio teve particular expressão em aplicações e ferramentas que envolvem redes sociais, de que se destacam o YouTube ou a própria Wikipédia.”
Um projecto a seguir com interesse e que pode ser consultado clicando na imagem:



Saudações Geográficas

Liliana Azevedo

Mata Nacional do Choupal VS Novo traçado do IC2


A Mata Nacional do Choupal é um espaço peri-urbano vocacionado para o lazer, o recreio e a manutenção física, para além da vertente Educação Ambiental, sendo de primordial importância para a Cidade de Coimbra.
É um espaço com uma área de 79 hectares pertencente à Direcção Geral do Património cuja gestão, desde o ano de 1989, foi atribuída ao ICN.
A Mata Nacional do Choupal localiza-se junto ao rio Mondego nas freguesias de Santa Cruz e S. Martinho do Bispo, concelho e distrito de Coimbra.
Esta mata está intimamente relacionada com o rio Mondego. Com efeito com a construção, em 1791 pelo Engº Padre Estevão Cabral, do novo traçado deste Rio tornava-se essencial dar estabilidade aos terrenos marginais, pelo que se procedeu à sua reflorestação. Foram utilizadas várias espécies, entre as quais o Choupo (Populus nigra), que devido ao seu crescimento rápido dominou a paisagem durante vários anos, pelo que acabou dando o seu nome a este espaço. A Mata Nacional do Choupal, do ponto de vista fisionómico, apresenta-se como uma floresta caracterizada por um povoamento misto, irregular, de folhosas caducifólias, o que lhe confere características únicas de exploração florestal e de suporte da vida animal.
Não obstante, apesar de tamanha importância ambiental e social, esta mata, segundo notícias recentes, poderá ser amputada, uma vez que o traçado do novo IC2 em Coimbra prevê uma nova ponte sobre o rio Mondego e um viaduto sobre a Mata Nacional do Choupal.
Contudo, o que é de estranhar é que a RAVE (Rede de Alta Velocidade) quando deu a conhecer o novo traçado do TGV em Coimbra, apresentou duas soluções para a travessia do Mondego, ambas entre a Ponte-Açude e a Ponte do Caminho de Ferro, ou seja uma em viaduto e outra em túnel. Dizendo que a solução em túnel é a «melhor», de acordo com técnicos e consultores que intervieram no estudo prévio, uma vez que «terá menos impactos sócio-económicos, menos expropriações, menos demolições». (...) e que (...) no custo global, a construção sob o Rio Mondego não representa custos acrescidos, porque «marginalmente, é mais barata». (...)
O que então se pergunta é: Porque é que não se defenda idêntica solução para a travessia do IC2? O que terá a RAVE a mais que a Estradas de Portugal? Terá mais consciência ambiental? Maior respeito pelas populações? Melhores engenheiros? Melhores gestores? Um pouco de tudo?
É que é difícil entender que existam impedimentos técnicos para o IC2 passar em túnel e tal seja possível para o TGV, ainda para mais tendo a ferrovia maiores condicionantes aos desníveis que as rodovias.
No dia 29 de Janeiro do corrente ano, assistiu-se, na Casa da Cultura, a um debate, onde estiveram presentes diversas figuras públicas, muitas das quais, com maior consciência do que os engenheiros que projectaram este traçado. Deste debate resultaram diversas ideias, mas uma que ficou foi a de “ O Choupal é uma MATA NACIONAL. Funciona como um pulmão que purifica muito do oxigénio de que necessitamos e, dada a dimensão e quantidade de árvores de que é composto, nos cerca de 75 hectares, é mais eficaz que a maioria das árvores dos (poucos) jardins. A Mata é rica e nela habitam colónias de nidificantes (aves), raposas, lontras e muitas outras espécies.”
Se estas razões já por si são válidas para deixar morrer este projecto absurdo, convém realçar que este projecto teve parecer negativo pelas diversas entidades consultadas.
Quando se fala em alterações climáticas, em preservação do ambiente, biodiversidade, porque não foi equacionada uma alternativa que não seja a destruição do Choupal.
O Choupal é um bem público, é de todos nós, foi dos nossos antepassados, e deverá ser das gerações vindouras, a isto chama-se desenvolvimento sustentável, a isto chama-se consciência ambiental…
E escusam de me dizer que o facto de eu não ir ao choupal todos os dias ou pelo menos uma vez por mês, não me dá ao direito de protestar. Sim tenho o direito de achar este projecto um crime ambiental para a cidade, para o país. Tenho o direito de protestar, porque esta mata não serve apenas para lazer, contribui também para que todos tenhamos uma vida mais saudável.
E tenho o direito de protestar porque as gerações vindouras têm o direito a ter qualidade de vida.

Para os efeitos está a decorrer uma petição que é possível assinar aqui :
Petição em Defesa do Choupal
Para informações sobre esta e outras iniciativas que envolvem a defesa da Mata nacional do
Choupal podem ver aqui :
Plataforma do Choupal

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

50 Anos da erupção dos Capelinhos



Fiquem com este vídeo fantástico que nos dá a conhecer o Vulcão dos Capelinhos na Ilha do Faial, Açores.

Este documentário, da autoria de José Serra, foi feito para assinalar os 50 anos da erupção deste vulcão.
Reunindo imagens inéditas da erupção e testemunhos dos desalojados, conta ainda com a presença de Orlando Ribeiro que, com toda a sua sabedoria geográfica, nos dá a conhecer o fenómeno do último vulcão activo do nosso país.
Espero que gostem!
Se não conseguirem visualizar o vídeo podem fazê-lo aqui
Para quem quiser saber mais, pode consultar a página dedicada aos 50 anos da erupção dos Capelinhos. Lá podem visualizar dezenas de fotos, vídeo e toda a história deste vulcão.


Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

Em Defesa da Reserva Ecológica Nacional - REN

A seguir transcrevo a petição que se encontra on-line contra a municipalização da REN

"A Reserva Ecológica Nacional (REN) tem sido considerada um instrumento fundamental no Ordenamento do Território, pelo seu papel na regulação do uso de áreas de elevada sensibilidade do ponto de vista ambiental, fundamentais para o equilíbrio do território e para a segurança de pessoas e bens.
As recentes inundações na área da Grande Lisboa fizeram mostrar, mais uma vez, que o respeito pelo espírito da REN teria evitado perdas humanas e enormes prejuízos materiais.
Ainda assim, a legislação que define o regime jurídico da REN procura contribuir de forma decisiva para a salvaguarda da paisagem natural do país e para a limitação da construção em áreas do território de grande relevância ecológica, protegendo zonas envolventes das linhas de água, orlas costeiras, estuários e zonas húmidas, áreas de recarga de aquíferos e de prevenção de riscos naturais.
Pelo seu sentido de património nacional, este instrumento da política de ordenamento do território é vital para a protecção dos valores ambientais e deve manter-se sob responsabilidade do Ministério do Ambiente ou das suas instituições desconcentradas. O diploma que o Governo já anunciou pretender aprovar para revisão do regime jurídico da REN, confere competências para a sua delimitação aos Municípios, o que proporciona incompatibilidades, por ser conhecida a dependência dos Municípios e dos orçamentos municipais da necessidade de aprovar novos empreendimentos de cariz edificado.
Os signatários da presente Petição solicitam ao Senhor Presidente da República a sua intervenção para que seja rejeitada a municipalização da REN e para que qualquer revisão do regime jurídico da REN seja feita com base num prévio e amplo debate público, incompatível com o projecto de Decreto-Lei que aguarda aprovação pelo Governo.
Promotores
Abel Cunha – Ambientalista, cronista.
Ana Cristina Figueiredo - Jurista, dirigente da Quercus.
Ana Pires – Geógrafa, presidente da Pró-Urbe.
Aníbal Ramos – Inspector de ambiente.
António Eloy – Docente univ., consultor formador em energia e ambiente.
Carlos Nunes da Costa – Professor universitário, presidente do Geota.
Cláudio Torres – Arqueólogo, Prémio Pessoa, responsável Campo Arq. Mértola.
David Ferreira – Editor.
Duarte Mata – Arquitecto paisagista; ambientalista.
Francisco Ferreira - Ambientalista, dirigente da Quercus.
Gonçalo Ribeiro Telles – Professor universitário; arquitecto paisagista.
Helena Roseta – Arquitecta, vereadora CML.
João Reis Gomes – Arquitecto paisagista, ex-técnico do ICN e do Inag.
José Manuel Pureza – Docente universitário.
Manuela Raposo Magalhães – Professora universitária, arquitecta paisagista.
Maria da Graça Azevedo de Brito – Professora universitária
Marisa Matias – Professora universitária, dirigente da Pró-Urbe.
Miguel Oliveira e Silva – Docente univ.,presidente Associação Cegonha.
Nelson Peralta – Biólogo, bolseiro de investigação científica.
Paula Tavares – Bióloga, investigadora.
Paulo de Sá Caetano – Professor universitário.
Pedro Lourenço, Engº de ambiente.
Pedro Quartim Graça – Deputado, dirigente do MPT.
Pedro Soares – Docente univ., geógrafo, coordenador autárquico do BE
Rita Calvário – Eng.ª agrónoma.
Sónia Borges Coelho – Jurista, ambientalista.
Para quem quiser poderá fazê-lo através do link

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo

Incêndios florestais - Quem são os verdadeiros culpados?




Os incêndios florestais são das catástrofes naturais mais graves em Portugal, não só pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem constituir uma fonte de perigo para as populações e bens.
As suas causas são variadas, sendo, na sua grande maioria, de origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer por intenção. Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências em Portugal. Contudo, mesmo tendo conhecimento de que a maioria dos incêndios no nosso país são causados pela intervenção humana, pomos a culpa no clima, que se torna o bode expiatório de tudo, porque é muito fácil dizer cada vez que há uma calamidade que é o El Niño ou o efeito de estufa, mas quem tem culpa dos fogos somos nós, portugueses, que permitimos que o ordenamento do território em Portugal esteja desta forma. O problema não é deste ou daquele Governo, foram 40 anos de negligência colectiva. Julgo que se o planeamento do território fosse maior, ajudasse no combate aos fogos e o tornasse eficaz, esse ordenamento iria contrariar a meteorologia, deixando esta de ser o único factor para a previsão e prevenção dos fogos. Na minha opinião Portugal precisa que se faça cumprir a lei, precisa que se obrigue os proprietários a limpar as matas, e na eventualidade disso não ser possível, que seja o Estado a limpá-las. Portugal precisa de um ordenamento florestal eficaz, onde não se plantem apenas eucaliptos. Portugal e os portugueses precisam de entender que para protegermos o futuro das gerações vindouras temos que, muitas vezes por de lado, as tradições, ou então alterá-las (refiro-me ás festas tradicionais que têm foguetes). Portugal precisa de tomar consciência de que a floresta é essencial à vida na terra… e enquanto isso, a culpa dos incêndios florestais vai "morrendo solteira". Lanço-vos aqui um repto. Na vossa opinião de quem é a culpa dos incêndios florestais? O que deveria ser feito para travar esta calamidade que todos os anos assola o nosso país? Curiosidades:
  • Sabia que mais do que quatro incêndios em cinco têm causas humanas?
  • Sabia que os comportamentos de negligência tais como fumar em florestas e acender fogueiras, são responsáveis pela maior parte dos incêndios
  • Sabia que 1991 foi um ano recorde em termos de área ardida em Portugal Continental: cerca de 116 000 ha. Registaram-se, em média, cerca de 230 fogos por dia e um total de 22 000 fogos?

Saudações Geográficas
Liliana Azevedo